CÃES/DOGS



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LEISHMANIOSE CANINA

A Leishmaniose canina é uma doença endémica no Sul da Europa, Norte de África, Médio Oriente, China e América do Sul, que também afeta o Homem. É causada um parasita denominado Leishmania infantum que se localiza, sobretudo, na medula óssea, nos gânglios linfáticos, no baço, no fígado e na pele. O cão é o principal hospedeiro e hospedeiro reservatório e em Portugal, estima-se que 110 mil cães estejam infetados embora muitos não manifestem a doença. Outros animais como os gatos, as raposas e os roedores podem, igualmente, ser afetados.
TRANSMISSÃO
O parasita é transmitido aos cães e ao Homem, pela picada de insetos flebótomos fêmeas das espécies Phlebotomus perniciosus e P. ariasi. Estes pequenos insetos de cor amarela clara vivem nos refúgios de animais, habitações, caixotes de lixo, jardins, matas, etc. e alimentam-se, preferencialmente, ao final do dia.
Em regiões endémicas, a principal via de transmissão é através do inseto, embora, a transfusão sanguínea, o contacto direto, a transmissão venérea e a transmissão mãe-filho também possam estar implicadas. Os cães que vivem sempre no exterior ou na maior parte do tempo fora de casa, os cães de raças exóticas, os cães de pelo curto e os animais com idade igual ou superior a 2 anos correm maior risco de ser infetados.
SINAIS CLÍNICOS
O período de incubação varia de 1 mês a 2 ou mais anos e os sinais clínicos mais frequentes são: aumento dos gânglios linfáticos, crescimento exagerado das unhas, perda de pelo, úlceras e descamação da pele, emagrecimento, atrofia muscular, sangramento nasal, anemia, alterações dos rins, fígado e articulações, entre outros. No entanto, a Leishmaniose canina apresenta diferentes sinais clínicos e diversos graus de gravidade, podendo estar associada a outras doenças concomitantes.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO ?
O diagnóstico é essencialmente clínico e confirmado por análises laboratoriais. Os exames laboratoriais parasitológicos destinam-se à pesquisa do parasita e/ou de anticorpos e simultaneamente devem ser efetuadas análises de sangue e de urina para avaliar o estado geral do animal. A interpretação dos resultados laboratoriais deve ser sempre feita em conjunto com o quadro clínico.
APÓS A INFECÇÃO,QUE CUIDADOS DEVO TER?
Deve cumprir rigorosamente o tratamento recomendado pelo Médico Veterinário e é extremamente importante continuar a prevenir as picadas do inseto flebótomo utilizando inseticidas com efeito repelente sob a forma de coleiras, de pulverização ou de spot-on.
A leishmaniose canina é uma doença de carácter crónico e o tratamento nem sempre é eficaz, havendo a necessidade de controlos regulares.
COMO PREVENIR?
Para além da manutenção de um bom estado de saúde do seu cão, pode prevenir esta doença, aplicando, regularmente, no seu animal, inseticidas com efeito repelente sob a forma de coleiras, de pulverização ou de spot-on, de modo a impedir a picada do flebótomo. Deve também fazer, anualmente, o despiste da infeção de modo a detetar precocemente o parasita, sobretudo se o seu cão vive numa área endémica.
Em Portugal, existe já uma vacina contra a leishmaniose canina e poderá aconselhar-se com o seu Médico Veterinário. A prevenção é fundamental para reduzir o número de casos de leishmaniose nos animais e para evitar o risco para os humanos.
